Em 2024, o Santos registrou um déficit de R$ 105,2 milhões, além de um aumento de 26% em suas dívidas, que atingiram R$ 977,04 milhões. Apesar de um superávit operacional inicial, com receitas de R$ 459,4 milhões e lucro financeiro de R$ 58 milhões, o clube teve prejuízo contábil após considerar despesas como comissões de agentes, amortizações e encargos financeiros. A queda para a Série B e a necessidade de novos empréstimos contribuíram para o cenário, mesmo com receitas recordes provenientes de vendas de jogadores, como Marcos Leonardo e Joaquim.
O Conselho Deliberativo aprovou o balanço por unanimidade, seguindo recomendação do Conselho Fiscal, que não identificou impedimentos, mas destacou a necessidade de um planejamento financeiro para reduzir o endividamento. O orçamento de 2024, elaborado antes do rebaixamento, não previa a queda para a segunda divisão, mas mesmo assim superou a receita de 2023 (R$ 424 milhões). O limite de endividamento do clube, estabelecido em 10% da receita orçada, foi ultrapassado, chegando a 31%.
Para 2025, a previsão é de uma receita de R$ 423,7 milhões, com um déficit projetado de R$ 89,5 milhões. O Conselho Fiscal recomendou medidas para equilibrar despesas e receitas nos próximos anos, visando à reconstrução financeira do clube. O Santos segue enfrentando desafios estruturais, agravados pelo rebaixamento e por dívidas acumuladas, mas mantém a confiança na gestão atual para reverter o quadro.