Em 2024, o salário de admissão real no Brasil cresceu 2,0%, atingindo uma média de R$ 2.178, segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O aumento, ajustado pela inflação medida pelo INPC, reflete uma melhora no poder de compra dos trabalhadores recém-contratados. O estado de São Paulo liderou o ranking, com o maior valor do país (R$ 2.473), seguido por Distrito Federal (R$ 2.284) e Rio de Janeiro (R$ 2.223), este último com queda de 0,4% em relação a 2023.
A taxa de desemprego média de 6,6% em 2023, a mais baixa já registrada, pressionou as empresas a aumentar os salários iniciais para atrair e reter mão de obra qualificada. Santa Catarina (3,6%) e Espírito Santo (4,0%) destacaram-se pelos maiores crescimentos reais, enquanto Acre (R$ 1.700), Roraima (R$ 1.715) e Amapá (R$ 1.725) tiveram as menores médias, ainda acima do salário mínimo vigente (R$ 1.412).
O estudo analisou o total de admissões ao longo do ano, comparando com 2023, e revelou disparidades regionais significativas. Enquanto estados do Sudeste e Centro-Oeste apresentaram valores mais altos, as regiões Norte e Nordeste ficaram abaixo da média nacional, embora com variações positivas em maioria. A evolução salarial é vista como um termômetro importante para o mercado de trabalho, especialmente em um cenário de menor desemprego e maior competição por talentos.