As forças russas realizaram um dos ataques mais letais contra civis na Ucrânia no domingo (13), matando pelo menos 34 pessoas em Sumy, cidade localizada a 30 km da fronteira. Dois mísseis balísticos Iskander-M atingiram a região, que tem entre 250 mil e 300 mil habitantes, durante o Domingo de Ramos, quando fiéis se dirigiam às igrejas. O ataque destruiu um trólebus e deixou ao menos 117 feridos, segundo autoridades locais, gerando condenações internacionais.
O incidente aumentou a pressão por um cessar-fogo, com o presidente francês afirmando que a medida precisa ser imposta a Moscou. Enquanto isso, o porta-voz do Kremlin declarou que as negociações mediadas pelos EUA estão em andamento, mas descartou resultados imediatos. A Rússia, por sua vez, não comentou o ataque diretamente, limitando-se a anunciar avanços militares no leste do país e a queda de um caça F-16 ucraniano.
Propostas para resolver o conflito, como a divisão da Ucrânia em zonas de influência semelhantes ao pós-Segunda Guerra Mundial, foram mencionadas, mas enfrentam resistência tanto por parte de Kiev quanto de Moscou. A presença de tropas da Otan no território ucraniano continua sendo um ponto de impasse, com diplomatas acreditando que o Kremlin poderá ceder no futuro, mas sem sinais concretos de avanço no momento.