Netia Jones, nova diretora associada da Royal Opera, combina sua paixão pela ópera com inovações tecnológicas, como instalações imersivas, filmes e realidade virtual. Nascida em Londres em uma família artística, Jones já dirigiu produções aclamadas, incluindo “Alice no País das Maravilhas” e “Peter Grimes”, este último recentemente encenado na Gothenburg Opera House. No próximo ano, ela será curadora do primeiro festival de ópera e tecnologia da Royal Ballet e Opera, o RBO/Shift, reforçando seu compromisso com a modernização da arte lírica.
Aos dez anos, Jones assistiu pela primeira vez à ópera “Peter Grimes”, uma experiência que a marcou profundamente. Ao revisitar a história do pescador trágico em Gothenburg, ela descreveu a obra como intensa e sombria, capaz de “penetrar na pele”. O cenário frio e chuvoso da cidade sueca acrescentou uma camada de autenticidade à produção, embora ela brinque que não foi o mais saudável para o bem-estar mental da equipe.
Além de seu trabalho com óperas tradicionais, Jones busca conquistar públicos céticos em relação à tecnologia, mostrando como ferramentas digitais podem enriquecer narrativas clássicas. Sua abordagem inovadora já rendeu prêmios, como o Ivor Novello de melhor ópera por “Least Like the Other”. Com o festival RBO/Shift, ela espera expandir ainda mais as fronteiras da arte, unindo o tradicional e o contemporâneo de forma acessível e impactante.