A empresa Royal Mail solicitou à Ofcom, reguladora de comunicações no Reino Unido, a remoção de uma regra que impede o rastreamento de encomendas enviadas pelos serviços padrão (primeira e segunda classe). A companhia argumenta que a medida é necessária para modernizar seus serviços, especialmente em um momento em que o volume de cartas enviadas tem caído significativamente. A proposta foi feita durante uma consulta pública realizada pela Ofcom sobre possíveis mudanças na obrigação de serviço universal (USO), que atualmente exige que a Royal Mail entregue correspondências em todo o país seis dias por semana, com preço único.
A Ofcom está avaliando uma reformulação do USO, que já existe há mais de 500 anos, para adaptá-lo às novas demandas do mercado, dominado cada vez mais por encomendas e menos por cartas. A Royal Mail defende que a inclusão do rastreamento em todos os serviços ajudaria a melhorar a experiência do cliente e a competitividade da empresa. No entanto, a reguladora ainda não se posicionou sobre a proposta, que pode alterar significativamente as operações postais no país.
O debate ocorre em um contexto de transformação digital, onde consumidores esperam maior transparência e eficiência nos serviços de entrega. Se aprovada, a mudança permitiria que a Royal Mail oferecesse rastreamento em tempo real para todos os clientes, independentemente do tipo de serviço escolhido. A decisão da Ofcom deve considerar não apenas os interesses da empresa, mas também o impacto nos usuários e no setor postal como um todo.