A Rio Tinto reportou o menor volume de embarques de minério de ferro para um primeiro trimestre desde 2019, com 70,7 milhões de toneladas, abaixo dos 78 milhões do ano anterior e das expectativas do mercado. A empresa atribuiu a queda a uma série de ciclones tropicais que afetaram suas operações na região de Pilbara, na Austrália, resultando em perdas de 13 milhões de toneladas. Além disso, a mineradora alertou que eventos climáticos adversos podem levar ao limite inferior de sua previsão para 2025, entre 323 milhões e 338 milhões de toneladas.
A produção também enfrenta riscos devido a atrasos nas aprovações de novas áreas de mineração e à capacidade limitada do sistema para mitigar perdas climáticas. Enquanto isso, a concorrência com a brasileira Vale pode colocar em xeque a posição da Rio Tinto como maior produtora global de minério de ferro, caso a Vale atinja a meta superior de sua previsão, entre 325 milhões e 335 milhões de toneladas. A projeção da Rio Tinto não inclui as operações no Canadá, que devem contribuir com até 11,4 milhões de toneladas.
Por outro lado, a produção de cobre da empresa apresentou crescimento de 16% em relação ao ano anterior, alcançando 210 mil toneladas, embora tenha registrado queda de 8% frente ao trimestre anterior. A mineradora continua focada em aumentar a produção e preparar a próxima geração de minas, mesmo com os desafios climáticos e operacionais. O desempenho no primeiro trimestre reflete a volatilidade do setor e a dependência de fatores externos, como condições meteorológicas e processos regulatórios.