O Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) dos EUA convocará um painel de especialistas para reavaliar as recomendações sobre a adição de flúor na água potável, segundo um porta-voz. A medida surge em meio a discussões sobre os benefícios e riscos do mineral, amplamente utilizado para prevenir cáries, mas alvo de controvérsias em alguns estados. A Agência de Proteção Ambiental (EPA) também analisará novas evidências científicas sobre os potenciais efeitos à saúde, em coordenação com o HHS, para revisar os padrões atuais.
Recentemente, Utah se tornou o primeiro estado a proibir a fluoretação da água, decisão criticada pela Associação Odontológica Americana, que defende a prática como essencial para a saúde bucal. Enquanto isso, o Serviço de Saúde Pública recomenda manter os níveis de flúor abaixo de 0,7 mg/L, alertando que concentrações acima de 1,5 mg/L podem aumentar riscos como fraturas ósseas e problemas na tireoide. Atualmente, o limite da EPA é de 4,0 mg/L, mas uma decisão judicial em 2024 exigiu a revisão desses parâmetros devido a preocupações com a segurança infantil.
O debate ganhou força após declarações de autoridades questionando a fluoretação, citando possíveis ligações com problemas de saúde, embora faltem evidências conclusivas. Cerca de 63% dos norte-americanos têm acesso à água fluoretada, segundo dados de 2022, mas a polarização sobre o tema reflete desafios entre políticas públicas e divergências científicas. A revisão em curso pode influenciar diretrizes nacionais e estaduais, impactando milhões de pessoas.