O governo dos Estados Unidos decidiu reverter o cancelamento de pelo menos seis programas de ajuda externa voltados para assistência alimentar de emergência, após pressão interna e do Congresso. Segundo fontes anônimas à Reuters, o administrador interino da USAID solicitou a restauração de contratos com o Programa Mundial de Alimentos (PMA) em países como Líbano, Síria, Somália, Jordânia, Iraque e Equador. A medida ocorre dias após cortes bilionários que afetaram mais de uma dúzia de nações, levantando preocupações sobre o impacto humanitário.
Os cortes iniciais, parte de uma reestruturação controversa da USAID, haviam suspendido financiamentos essenciais, incluindo assistência a desnutridos e apoio aéreo humanitário. A rápida reversão, no entanto, destacou a instabilidade nas decisões, com programas sendo cancelados e restaurados em questão de dias. Autoridades afirmaram que alguns cortes foram feitos por engano, mas mantiveram a suspensão de ajuda ao Afeganistão e ao Iêmen, alegando preocupações com o desvio de recursos para grupos extremistas.
A situação expôs tensões dentro do governo, com críticos classificando a reestruturação como caótica e prejudicial. Democratas no Senado chegaram a acusar o plano de ser inconstitucional e ineficiente. Enquanto isso, organizações humanitárias alertam que a interrupção de fundos pode ser “uma sentença de morte” para milhões em regiões de crise. A USAID, maior agência humanitária dos EUA, segue no centro do debate sobre o futuro da ajuda internacional.