O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exigiu explicações em uma reunião conflituosa com dirigentes de agências de inteligência e segurança após revelações de que uma operação de espionagem teria sido conduzida contra autoridades paraguaias. Segundo reportagens, a ação incluiria o hackeamento de membros do alto escalão do Paraguai, ocorrendo durante negociações bilaterais sobre a Usina de Itaipu. Embora o governo atribua a operação à gestão anterior, investigações sugerem que as atividades podem ter continuado nos primeiros meses do atual mandato, com suposto aval de autoridades envolvidas.
A reunião evidenciou tensões entre as instituições responsáveis pela investigação, com divergências sobre a condução do caso e acusações de obstrução. Enquanto uma nota oficial do governo afirmou que a operação foi interrompida em 2023, relatos indicam que evidências apresentadas contestam essa versão. O caso também expõe disputas internas, com críticas sobre motivações políticas e dificuldades na apuração de supostas irregularidades.
O episódio coloca em risco as relações diplomáticas do Brasil, especialmente com o Paraguai, parceiro estratégico em energia e comércio. Internamente, a crise pressiona o governo a revisar o comando das áreas de inteligência e segurança, sob risco de desgaste institucional. O desfecho poderá impactar a credibilidade do Estado e a coordenação entre órgãos fundamentais para a administração federal.