A Geração Z, formada por nascidos entre 1995 e 2010, está trocando smartphones por câmeras digitais dos anos 2000, como a Sony Cyber-shot, em busca de fotos mais naturais e nostálgicas. Esses dispositivos, antes esquecidos, voltaram a ser usados em festas, viagens e até escolas, onde celulares são restritos. Influenciadores e jovens destacam a preferência por imagens menos processadas e a conexão emocional com equipamentos que remetem à infância ou à era pré-redes sociais.
A demanda por câmeras usadas disparou, elevando preços em plataformas como OLX e Enjoei, onde buscas cresceram mais de 500% em 2024. Especialistas apontam três motivos para a tendência: a estética Y2K em alta, a rejeição ao excesso de edição por IA nos celulares e o apelo nostálgico de registrar momentos especiais de forma mais intencional. Modelos como Canon PowerShot e Nikon Coolpix também ganharam espaço, mas a Cyber-shot virou símbolo do movimento.
Enquanto smartphones produzem imagens padronizadas, as câmeras antigas oferecem autenticidade e erros criativos, valorizados pela geração Z. Para fotógrafos e analistas, o fenmeno reflete um cansaço da perfeição artificial e uma busca por experiências mais tangíveis, mesmo que isso signifique carregar um dispositivo extra. A moda já chegou às escolas, onde alunos substituem celulares por câmeras digitais para capturar memórias sem filtros.