A rede de restaurantes Madero registrou um lucro líquido de R$ 53,2 milhões no primeiro trimestre de 2025, um salto significativo em comparação aos R$ 2,8 milhões do mesmo período em 2024. O grupo retomou sua expansão, inaugurando duas novas unidades e convertendo três restaurantes para um formato híbrido. A administração destacou o compromisso com eficiência, gestão cautelosa do caixa e foco na satisfação de clientes e colaboradores. No entanto, excluindo o benefício do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE), o lucro líquido caiu para R$ 25,4 milhões, ainda assim quase dez vezes maior que no ano anterior.
O EBITDA da empresa atingiu R$ 167 milhões, com crescimento de 12,5% em relação a 2024, enquanto a receita líquida chegou a R$ 517,1 milhões, alta de 6,4%. As vendas em lojas maduras (SSS) subiram 6,1%, com destaque para o formato híbrido, que avançou 35,9%. Os investimentos (capex) totalizaram R$ 62,5 milhões, impulsionados pela abertura de novas unidades. Por outro lado, a dívida líquida aumentou para R$ 774,5 milhões, elevando o índice de alavancagem para 1,19 vez.
A administração atribuiu o aumento da dívida ao pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio, mas afirmou que a elevação é transitória e espera uma redução nos próximos trimestres. Em fevereiro, a empresa captou R$ 200 milhões em debêntures e notas comerciais, reforçando seu caixa para continuar a expansão. A estratégia de crescimento gradual segue em curso, mas o endividamento permanece um ponto de atenção para o grupo.