Cinco dias após um terremoto de magnitude 7,7 atingir Mianmar, prédios continuam a desabar, criando condições perigosas para as equipes de resgate. Mais de 2.700 pessoas morreram, milhares ficaram feridas e centenas seguem desaparecidas, com o número de vítimas tendendo a aumentar. Apesar das dificuldades, momentos de esperança surgem, como o resgate milagroso de um homem na capital, Naipidau, mais de 100 horas após o tremor. Equipes internacionais, incluindo socorristas chineses, também conseguiram salvar sobreviventes, como uma criança e uma mulher grávida.
A situação humanitária é crítica, com falta de água, medicamentos e abrigo. Muitos sobreviventes dormem ao relento, com medo de retornar a suas casas devido aos tremores secundários. Organizações alertam para a necessidade urgente de ajuda, especialmente em áreas remotas, onde a infraestrutura já estava fragilizada por anos de conflito civil. Moradores relatam escassez de suprimentos básicos, como sacos para cadáveres e repelentes, enquanto as restrições impostas pelas autoridades dificultam a distribuição de auxílio.
O terremoto também reacendeu tensões no país, governado por militares desde 2021. Grupos de direitos humanos pedem que as forças armadas facilitem o acesso humanitário e evitem ataques a civis. Enquanto isso, uma aliança rebelde declarou cessar-fogo temporário para auxiliar nos esforços de resgate. O desastre foi sentido além das fronteiras, com mortes registradas na Tailândia, incluindo vítimas do desabamento de um prédio em construção em Bangkok.