Um jornalista foi incluído por engano em um grupo no aplicativo Signal onde altas autoridades do governo dos Estados Unidos discutiam detalhes de um ataque militar contra rebeldes no Iêmen. As mensagens, trocadas em março, continham informações como horários e armas a serem utilizadas, embora o Signal não seja uma plataforma autorizada para compartilhar dados sigilosos. Inicialmente, o repórter duvidou da autenticidade das conversas, considerando-as parte de uma possível brincadeira ou operação de desinformação.
A confirmação veio apenas após a execução do ataque, dois dias depois. O jornalista optou por publicar a reportagem nove dias mais tarde, após buscar confirmação com órgãos como a CIA e o Pentágono. O governo negou que as informações fossem confidenciais, mas a revista responsável pela divulgação adotou cautela para não expor militares a riscos desnecessários.
A decisão de revelar o conteúdo foi tomada com base no princípio de transparência em uma democracia, permitindo que os cidadãos formassem suas próprias opiniões. Apesar das possíveis consequências, o repórter afirmou não temer represálias, destacando a importância do jornalismo como ferramenta de accountability. A revista publicou prints das conversas, reforçando a gravidade do vazamento em um contexto de segurança nacional.