O remake de “Vale Tudo” estreou nesta segunda-feira, 31, trazendo uma mistura de saudosismo para os fãs da versão original e curiosidade para novos espectadores. A autora Manuela Dias manteve a essência da trama criada por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Basséres, especialmente nos personagens centrais, como Raquel, Maria de Fátima, Ivan e César Ribeiro. No entanto, quase 37 anos depois da primeira exibição, a novela recebeu atualizações significativas para refletir as mudanças sociais e culturais.
Entre as principais diferenças, destacam-se a antecipação do romance entre Maria de Fátima e César, a nova profissão de Solange (agora diretora de uma agência de conteúdo) e a inclusão de um relacionamento aberto entre Cecília e Laís, que na versão original foi rejeitado pelo público. Além disso, a personagem Gildo foi transformada em Gilda, uma jovem adulta ajudada por Raquel, e a trama mudou de cenário: Vila Isabel substituiu o Catete para tornar a história de superação mais verossímil.
Outras alterações incluem a eliminação da personagem Zezé, cuja representação era considerada anacrônica diante das leis trabalhistas atuais, e a reformulação da família de Consuelo, que agora é casada com Jarbas e mãe de Daniela e André, em vez de criá-los como sobrinhos. Essas mudanças buscam equilibrar fidelidade ao original com uma abordagem contemporânea, reforçando temas como diversidade e representatividade.