Um reportagem do Fantástico revelou histórias de mulheres que alegam ter sofrido violência durante partos realizados por uma médica conhecida por defender o parto humanizado nas redes sociais. As pacientes, incluindo uma que também é médica, relataram procedimentos realizados sem consentimento, como a administração de ocitocina para acelerar as contrações, enquanto pediam por analgesia ou cesariana. A situação levou a questionamentos sobre a conduta profissional e a discrepância entre o discurso público e a prática relatada.
O caso ganhou repercussão após a suspensão da médica pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, que renovou a interdição por mais seis meses enquanto investiga a possível cassação do registro. A defesa da profissional negou qualquer negligência, afirmando que não há evidências de descuido em sua atuação. A Federação Nacional de Ginecologia e Obstetrícia reforçou que o parto normal é o mais seguro na maioria dos casos, mas destacou a importância do respeito à autonomia da paciente.
O debate levantado pela reportagem ressalta a necessidade de transparência e ética na assistência ao parto, especialmente quando envolvem profissionais com grande influência digital. As vítimas buscam justiça e mudanças nas práticas obstétricas, enquanto a discussão sobre o tema continua a crescer nas redes sociais e na mídia.