Entre agosto de 2023 e julho de 2024, o Espírito Santo registrou 8.462 falhas em atendimentos médicos, segundo dados da Organização Nacional de Acreditação (ONA). Dessas ocorrências, 106 resultaram em mortes de pacientes. Os problemas mais frequentes incluíram erros na aplicação de cateteres venosos, demora no atendimento e lesões por pressão em pacientes acamados. A ONA destacou que muitas falhas poderiam ser evitadas com a adoção de protocolos básicos de higiene e assistência.
As falhas durante a assistência à saúde abrangeram desde diagnósticos incorretos até procedimentos cirúrgicos realizados no local errado. A gerente operacional da ONA, Gilvane Lolato, enfatizou a importância de os pacientes relatarem problemas imediatamente, seja diretamente nas instituições ou por canais como o site da Anvisa e o Procon. Casos graves podem levar a fiscalizações surpresa e processos investigativos contra as unidades de saúde.
Em nível nacional, o Brasil contabilizou quase 400 mil falhas médicas no mesmo período, com erros como administração incorreta de medicamentos e cirurgias em locais equivocados. O Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES) afirmou que investiga denúncias formais, respeitando os trâmites legais. O relatório serve como alerta para gestores de saúde, visando melhorar a segurança e a qualidade do atendimento aos pacientes.