O relator do recurso apresentado pelo deputado Glauber Braga contra sua cassação rejeitou os argumentos da defesa, mantendo a decisão do Conselho de Ética. O relatório, analisado pela CCJ nesta quinta-feira (24.abr.2025), considerou que as provas e a descrição dos fatos — relacionados a uma agressão ocorrida em 2024 — foram suficientes para embasar a perda do mandato. O relator também descartou alegações de cerceamento de defesa e irregularidades na escolha do relator original do caso.
O processo, iniciado por outro partido, levou à cassação do parlamentar em abril de 2025. A defesa argumentou falta de provas concretas e imparcialidade no julgamento, mas o relator afirmou que as regras do Código de Ética foram seguidas. Além disso, destacou que a ausência de prazo entre a apresentação do relatório e a votação não prejudicou o direito à ampla defesa, reforçando a validade do processo.
Embora a cassação tenha sido motivada pela agressão, aliados do deputado sugerem que a punição pode ter ligação com sua atuação contra o orçamento secreto. O ex-presidente da Câmara negou qualquer perseguição, afirmando que acusações sem provas podem resultar em medidas judiciais. Caso o relatório seja aprovado na CCJ, o caso retorna ao Conselho de Ética; se rejeitado, seguirá para o plenário, com votação prevista apenas após 60 dias.