O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta quinta-feira (3) o julgamento da ADPF das Favelas, ação que discute a violência policial em operações realizadas em comunidades do Rio de Janeiro. O relator do caso, Edson Fachin, apresentou um voto propondo medidas como a instalação de câmeras em fardas e viaturas, além da restrição ao uso de helicópteros durante as ações. Essas propostas visam aumentar a transparência e reduzir abusos, enquanto os ministros afirmam ter alcançado um consenso sobre pontos centrais do processo.
A ação judicial questiona a conduta de forças de segurança em incursões em áreas pobres da capital fluminense, onde há relatos frequentes de excessos e mortes de civis. Fachin destacou a necessidade de maior controle e fiscalização, sugerindo que as gravações das câmeras sejam usadas como prova em investigações. O debate no STF reflete a pressão por mudanças nas políticas de segurança pública, especialmente após operações com alto número de vítimas.
Enquanto o julgamento segue, especialistas ouvidos pela imprensa defendem que as medidas podem ajudar a equilibrar a atuação policial e o respeito aos direitos humanos. O caso tem atraído atenção nacional, simbolizando os desafios enfrentados no combate à violência e na garantia de justiça em áreas marginalizadas. A decisão final do STF pode estabelecer precedentes importantes para futuras intervenções em comunidades.