A regulamentação do uso de inteligência artificial (IA) em instituições financeiras tende a se basear em princípios gerais, devido à rápida evolução da tecnologia, avalia Toby Brown, executivo do Google Cloud. Em entrevista durante o evento Google Cloud Next 25′, ele destacou que a União Europeia está na vanguarda desse processo, com uma estrutura regulatória mais clara e avançada em comparação a outras regiões. Brown ressaltou que, embora outros países ainda estejam desenvolvendo suas normas, a abordagem deve ser flexível, permitindo que cada instituição demonstre como adere aos princípios estabelecidos.
O executivo mencionou que bancos centrais globais têm buscado parcerias com o Google Cloud para implementar soluções de IA, especialmente em áreas como crescimento, redução de custos e gestão de riscos. No entanto, o maior desafio continua sendo a qualidade dos dados, essencial para o funcionamento eficiente dessas tecnologias. Além disso, Brown observou que muitas instituições financeiras estão migrando para estruturas híbridas ou multicloud, abandonando a ideia de transferir toda a operação para a nuvem, em parte devido à alta demanda computacional da IA generativa.
A adaptação do Google Cloud às necessidades do setor ficou evidente com o anúncio da possibilidade de implementar sua IA Gemini em servidores locais das empresas, reforçando a tendência de infraestruturas distribuídas. Segundo Brown, esse modelo híbrido ou multicloud tem sido o preferido pelas principais instituições financeiras, que buscam equilibrar eficiência e redução de custos. O cenário regulatório e tecnológico, portanto, continua em evolução, com a Europa liderando o caminho em termos de diretrizes para o uso de IA no setor financeiro.