A Comissão de Comércio Justo do Japão (JFTC) determinou que uma grande empresa de tecnologia interrompa práticas consideradas anticompetitivas relacionadas a serviços de busca em dispositivos móveis. Segundo a autoridade, desde 2020, a empresa dificultava que fabricantes de smartphones e uma operadora de telefonia oferecessem serviços concorrentes em aparelhos com sistema Android. A medida marca a primeira ordem desse tipo contra uma gigante do setor no país.
A JFTC afirmou que a empresa exigia a pré-instalação de seu mecanismo de busca e navegador como padrão em smartphones, além de impor condições exclusivas para compartilhamento de receita com anúncios. Essas práticas, de acordo com o regulador, limitavam a concorrência e reduziam as opções para consumidores. A empresa se disse desapontada com a decisão, defendendo que seus acordos incentivam a inovação e beneficiam os parceiros, e afirmou que analisará os próximos passos.
Como parte da decisão, a JFTC determinou que a empresa designe uma entidade independente para monitorar o cumprimento das medidas pelos próximos cinco anos. O agente externo será responsável por enviar relatórios anuais à comissão, garantindo a conformidade com as regras. O caso reflete um crescente escrutínio global sobre práticas anticompetitivas no setor de tecnologia.