O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) decidiu, por unanimidade, reverter a inelegibilidade de oito anos imposta ao governador do estado, anteriormente acusado de abuso de poder político. A corte também anulou as sanções aplicadas ao prefeito e à vice-prefeita de Goiânia, que igualmente enfrentavam restrições eleitorais. Embora as penalidades mais graves tenham sido retiradas, multas por conduta vedada foram mantidas, totalizando R$ 60 mil para o governador e R$ 40 mil para o prefeito.
A decisão original, proferida em dezembro de 2024, alegava uso indevido da máquina pública durante o processo eleitoral de 2024, incluindo a realização de jantares com vereadores e lideranças políticas no Palácio das Esmeraldas. A sentença inicial previa inelegibilidade e cassação de mandatos, mas não teve efeito imediato, permitindo que os envolvidos permanecessem nos cargos. O TRE-GO, no entanto, considerou insuficientes as provas para sustentar as penalidades mais severas.
A reviravolta no caso impacta diretamente o cenário político de Goiás e pode influenciar a projeção nacional do governador, que é cotado como possível candidato à Presidência em 2026. Em suas redes sociais, o político afirmou confiar no Judiciário e reafirmou seu compromisso com a legalidade. A decisão ainda pode ser contestada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), caso as partes envolvidas optem por recorrer.