O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou um tenente reformado por tentativa de homicídio qualificado após ele atirar contra dois homens no bairro da Penha, em fevereiro deste ano. O militar alegou acreditar que as vítimas haviam roubado o celular de sua esposa, que também foi acusada de prestar falso testemunho. As investigações revelaram inconsistências em suas declarações, levando ao arquivamento das acusações contra os homens, que chegaram a ser presos injustamente.
Uma das vítimas, um estudante universitário, sofreu ferimentos graves, perdendo um rim após ficar hospitalizado por um mês. O caso chamou a atenção de órgãos de direitos humanos, incluindo o Ministério da Igualdade Racial, que pediu esclarecimentos às autoridades locais. A Comissão de Direitos Humanos da Alerj também acompanha o caso, questionando a conduta de agentes públicos em situações similares.
O episódio reacendeu debates sobre violência policial e racismo, com parlamentares e ativistas criticando a abordagem “atirar primeiro, perguntar depois”. A situação levou a cobranças por maior transparência e reformas nas práticas de segurança pública, enquanto as vítimas buscam justiça. O caso segue em investigação, com o MP-RJ mantendo a denúncia contra os acusados.