A reforma do Imposto de Renda proposta pelo governo deve elevar a arrecadação com rendimentos anuais acima de R$ 1 bilhão de R$ 197,8 milhões para R$ 341,3 milhões, um aumento nominal de R$ 143,5 milhões (72%). Segundo a Receita Federal, apenas três contribuintes se enquadram nessa faixa. As projeções, baseadas em dados de 2022, indicam um impacto fiscal total de R$ 26 bilhões, que seriam usados para compensar a isenção de IR para quem ganha até R$ 5.000 mensais — medida ainda dependente de aprovação no Congresso.
A nota técnica da Receita estima que 141 mil contribuintes com renda acima de R$ 600 mil serão afetados pelas novas regras, sendo a maioria (63.214) na faixa de R$ 600 mil a R$ 1,2 milhão. O documento não considera fatores como evasão fiscal ou judicialização, que, segundo economistas, podem reduzir os ganhos esperados. Os valores projetados são considerados “impacto potencial”, sem garantia de efetividade.
Além disso, a reforma prevê aumento da taxa para rendas bilionárias, de 5,5% para 9,6%, com arrecadação projetada para crescer 254% nessa faixa. Os dados detalhados por faixa de renda mostram que, quanto maior o patrimônio, menor o número de contribuintes. As projeções para os anos de 2026 a 2028 incluem variações residuais devido a fatores sazonais.