Em menos de quatro anos à frente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o atual presidente construiu uma base de apoio em Brasília, replicando estratégias de gestões anteriores. Apesar de crises, afastamentos temporários e denúncias de manipulação de resultados, ele mantém uma rede de aliados no Congresso e no Judiciário que atuam em sua defesa. Movimentos para fortalecer essa “bancada da bola” continuam, mesmo que seu poder não seja o mesmo de outrora.
A recondução ao cargo em 2024 contou com articulação de partidos e decisão favorável de um ministro do STF, que tem vínculos com a CBF. O presidente alega ter sido vítima de um golpe, ressaltando suas origens humildes e nordestinas. Sua estrutura de poder inclui vice-presidentes alinhados a grupos influentes no Congresso, como o do presidente do Senado, além de parlamentares que atuam abertamente em seu favor.
Um mapeamento identificou 22 congressistas com atuação legislativa favorável ao presidente da CBF, incluindo baianos de governistas a oposicionistas. Enquanto alguns defendem sua gestão, outros negam trabalhar pelos interesses da entidade. A CBF, por sua vez, atribui as críticas a uma campanha difamatória de ex-colaboradores. O cenário revela como o futebol segue entrelaçado com a política nacional.