O governo dos Estados Unidos, sob a gestão do presidente Donald Trump, anunciou cortes significativos no financiamento público de universidades como Columbia, Harvard, Princeton e Universidade da Pensilvânia. A medida foi justificada pela alegação de que essas instituições não agiram de forma adequada para conter protestos pró-Palestina, considerados antissemitas, e, no caso da Universidade da Pensilvânia, pela inclusão de uma aluna transgênero em sua equipe de natação. Columbia já perdeu US$ 400 milhões, enquanto outras enfrentam suspensões ou revisões de valores que chegam a bilhões de dólares, impactando orçamentos que dependem em cerca de 10% de recursos federais.
Além das consequências financeiras, a decisão levantou preocupações sobre liberdade de expressão no ambiente acadêmico, com relatos de repressão a estudantes que se manifestam contra Israel. A instabilidade gerada nos campi, especialmente em Columbia, resultou em um aumento de desistências de matrículas, além de dificuldades para estudantes internacionais. A complexidade do sistema de doações e financiamentos das universidades torna difícil prever o alcance total dos efeitos desses cortes.
A situação reflete tensões mais amplas entre políticas governamentais e autonomia institucional, com potencial para afetar não apenas o funcionamento das universidades, mas também o debate acadêmico e a diversidade no ensino superior. O desdobramento dessas medidas ainda está em análise, enquanto as instituições buscam adaptar-se às novas condições.