Uma arara-canindé com uma mutação genética rara foi registrada em Santa Rita do Tocantins, chamando a atenção de produtores rurais e especialistas. A ave apresenta uma coloração esbranquiçada ou amarelada, condição atribuída ao lutinismo ou leucismo, anomalias que afetam a produção de melanina. O biólogo Tulio Dornas, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres, explicou que a mutação é resultado de genes recessivos, tornando o fenômeno exótico e pouco comum na natureza.
Segundo relatos, a arara tem sido avistada sozinha na plantação de soja, afastada do bando, embora um registro recente a mostre acompanhada por outra ave. Especialistas destacam que não há evidências científicas de que a coloração diferente cause rejeição entre as araras-canindés, mas observações locais sugerem um possível isolamento. A espécie, conhecida por suas cores vibrantes azuis e amarelas, é comum na região e se alimenta de frutos e, ocasionalmente, de grãos deixados após a colheita.
O caso reforça a importância de estudos sobre mutações cromáticas em aves silvestres, ainda pouco compreendidas. Registros semelhantes já foram feitos em outros municípios do Tocantins, como Porto Nacional e Brejinho de Nazaré. A arara-canindé, que pode viver até 50 anos, é uma espécie icônica da região, e sua preservação é essencial para a biodiversidade local.