Luiz Antonio Mello, jornalista e radialista fluminense, faleceu aos 70 anos no dia 30 de abril de 2025, vítima de uma parada respiratória durante exames médicos. Fundador da Fluminense FM, emissora que entrou no ar em 1982, Mello foi uma figura central na popularização do rock nacional ao dar espaço a bandas então desconhecidas, como Legião Urbana e Paralamas do Sucesso. Sua atuação desafiou o sistema tradicional das gravadoras e rádios, conectando artistas emergentes a um público jovem que buscava identidade além da MPB.
A Fluminense FM, apelidada de “a maldita”, tornou-se um trampolim para grupos que mais tarde assinariam com grandes gravadoras. Com uma estrutura precária, mas movida por paixão, a emissora foi pioneira em veicular demos de bandas iniciantes, ajudando a consolidar a cena roqueira independente da época. Essa trajetória heroica foi registrada em livros e documentários, incluindo a obra “A onda maldita”, escrita pelo próprio Mello, e o filme “A maldita”, dirigido por Tetê Mattos.
O legado de Luiz Antonio Mello permanece como um capítulo essencial na história do rock brasileiro. Recentemente, sua vida foi retratada no filme “Aumenta que isso aí é rock’n’roll” (2024), com Johnny Massaro no papel do radialista. Sua morte enlutou o universo cultural, lembrando o impacto duradouro de seu trabalho na música e na cultura jovem dos anos 1980.