O engajamento dos profissionais em todo o mundo caiu de 23% para 21% em 2024, segundo o relatório State of the Global Workplace da Gallup. Essa retração, a segunda em 12 anos, representa uma perda estimada de US$ 438 bilhões em produtividade. O estudo aponta que a rápida adoção de inteligência artificial, sem foco nas pessoas, pode fragilizar aspectos essenciais do ambiente corporativo, como conexões humanas e senso de pertencimento. Por outro lado, empresas com ambientes engajadores poderiam agregar até US$ 9,6 trilhões à economia global.
Em contraste com a tendência mundial, o Brasil registrou um engajamento de 34% em 2024, 13% acima da média internacional. No entanto, desafios persistem: 45% dos profissionais relataram alto estresse, e sentimentos como tristeza e solidão ainda afetam parte significativa da força de trabalho. O bem-estar dos brasileiros (54% declararam prosperar) supera a média global (34%), mas o cenário exige atenção.
O relatório destaca a liderança como fator-chave para o engajamento, atribuindo 70% do desempenho das equipes aos gestores. No entanto, apenas 44% dos líderes receberam treinamento adequado. A Gallup propõe três estratégias: capacitação básica de gestores, técnicas de mentoria e investimento no bem-estar da liderança. Melhorias nesses aspectos poderiam elevar significativamente a produtividade e reduzir o desengajamento.