O primeiro trimestre de 2025 registrou uma queda de 0,3% no PIB dos Estados Unidos, marcando uma desaceleração significativa em comparação ao crescimento de 2,4% no final de 2024. O desempenho frustrou as expectativas dos analistas, que projetavam uma alta de 0,8%. Os principais fatores para a contração foram o aumento do déficit comercial, impulsionado por um salto nas importações, e a desaceleração nos gastos dos consumidores, que caíram para 1,8%. Além disso, os gastos do governo federal recuaram, passando de 4% para -5,1% no mesmo período.
Apesar dos números negativos, especialistas afirmam que a economia ainda não entrou em recessão técnica, já que o desemprego permanece em 4,2% e as empresas continuam investindo. O investimento empresarial, por exemplo, cresceu 9,8%, impulsionado em parte pelo receio de novas tarifas comerciais. No entanto, analistas alertam que as políticas tarifárias em vigor podem aumentar os riscos de inflação e desestabilizar ainda mais o comércio, elevando a possibilidade de uma crise mais grave no futuro.
Enquanto isso, autoridades defendem que os números refletem resquícios de gestões passadas e destacam o potencial para uma recuperação econômica robusta. A secretária de imprensa da Casa Branca afirmou que há um “forte impulso” em curso, preparando o cenário para uma nova era de prosperidade. No entanto, a divergência entre os dados econômicos e o discurso otimista do governo sugere que os próximos trimestres serão decisivos para determinar o rumo da economia norte-americana.