O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, criticou partidos da base governista que tiveram deputados apoiando o requerimento de urgência do PL 2.858/2022, que propõe anistiar condenados pelos atos extremistas de 8 de janeiro. Ele destacou que, embora alguns parlamentares não sejam alinhados ao bolsonarismo, sua assinatura no projeto fragiliza o governo. Lindbergh pressiona líderes aliados para evitar o avanço da proposta, afirmando que partidos governistas não deveriam endossar uma medida que pode gerar crise institucional.
O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, lidera o apoio ao projeto, com 88 de seus 92 deputados assinando o requerimento. Outros partidos, como União Brasil, PP e Republicanos, também registraram dezenas de assinaturas. No total, são 251 apoios, faltando apenas seis para que o pedido possa ser pautado no plenário. Quatro deputados do PL se recusaram a assinar, com um deles justificando ser contrário à impunidade para os crimes de 8 de janeiro.
O líder do PL na Câmara expressou confiança em conseguir as assinaturas restantes, mas a decisão final sobre pautar o projeto caberá ao presidente da Casa, Hugo Motta. Enquanto isso, Lindbergh reforça a necessidade de clareza política, argumentando que partidos da base governista não deveriam apoiar iniciativas contrárias aos interesses do Planalto. A situação expõe tensões dentro da coalizão e desafios para a manutenção da união governista.