A psicanalista israelense Meirav Roth, que coordena equipes de atendimento psicológico a vítimas da guerra, descreve o profundo trauma vivido pela sociedade. Em seu trabalho, ela lida com histórias devastadoras, como crianças separadas dos pais, testemunhas de assassinatos e vítimas de abusos. Apesar dos esforços para criar protocolos de tratamento inéditos, a recuperação plena só será possível quando todos os reféns ainda em cativeiro forem libertados.
Roth, recentemente premiada por sua atuação, compara a situação atual ao Holocausto, destacando que a existência de Israel muda o contexto, mas não diminui a urgência. Com 59 reféns ainda sob custódia, sendo 24 vivos, a sociedade permanece em estado de angústia coletiva. A psicanalista enfatiza que a ausência dessas pessoas impede o fechamento do ciclo traumático e o início de uma verdadeira recuperação.
O texto ilustra como a libertação dos reféns é peça fundamental para a reconstrução emocional do país. Enquanto isso não acontecer, a sociedade israelense continuará presa a um estado de luto e emergência, incapaz de seguir adiante. A analogia com o passado reforça a gravidade do momento e a necessidade de ação imediata.