O PSDB, partido que já ocupou a presidência e governos estaduais e municipais em todo o Brasil, está negociando uma aliança com o Podemos para evitar seu declínio político. A fusão, que deve ser anunciada até 29 de abril, manterá inicialmente o nome PSDB + Podemos, enquanto uma pesquisa avalia a receptividade do eleitorado a uma nova marca. Líderes do partido também buscam reter figuras importantes, como o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, evitando sua migração para o PSD.
O movimento visa preservar a identidade histórica do PSDB enquanto busca revitalizar sua base eleitoral e partidária. O deputado Aécio Neves destacou que a iniciativa pretende representar o “centro democrático brasileiro”, atraindo eleitores que não se identificam com lulopetismo ou bolsonarismo. O Podemos, por sua vez, vê na aliança uma oportunidade para renovar sua estrutura, incorporando contribuições de economistas ligados ao PSDB em seu programa partidário.
O PSDB, que já elegeu 99 deputados federais e sete governadores em 1998, enfrenta uma crise profunda, com apenas 13 cadeiras na Câmara e três governos estaduais na última eleição. Em 2020, registrou seu pior desempenho municipal, com 270 prefeituras, ante 983 em 2000. A aliança com o Podemos surge como uma estratégia para recuperar espaço político e evitar a irrelevância eleitoral.