O PSDB, partido que já liderou a presidência e governos estaduais no Brasil, está negociando uma aliança com o Podemos para evitar seu declínio político. A proposta, que deve ser anunciada até 29 de abril, prevê inicialmente a manutenção do nome PSDB + Podemos, sem mudanças imediatas. Uma pesquisa com o eleitorado será realizada para avaliar a receptividade de um novo registro partidário. A estratégia visa preservar a identidade histórica do partido enquanto busca fortalecer sua base eleitoral e financeira.
Entre os desafios está a definição do futuro político do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, cuja possível migração para o PSD preocupa líderes partidários. A aliança pretende reunir nomes influentes, como governadores, para ampliar sua relevância no cenário político. O deputado Aécio Neves destacou que o movimento busca representar o “centro democrático brasileiro”, alternativa para eleitores que rejeitam tanto o lulopetismo quanto o bolsonarismo.
Historicamente, o PSDB já elegeu 99 deputados federais e sete governadores em 1998, mas sofreu sucessivas derrotas nas últimas eleições, culminando em apenas 13 cadeiras na Câmara em 2022. Já o Podemos vê na parceria uma oportunidade para renovar sua estrutura, incorporando contribuições de economistas ligados ao PSDB. A fusão, descartada com PSD e MDB, reflete a busca por sobrevivência em um cenário político cada vez mais polarizado.