O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) celebrou um ano de implementação do Protocolo Operacional Padrão para Atendimento Pré-Hospitalar (APH) voltado a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Desenvolvido em parceria com o Laboratório de Pesquisa em Autismo e Neurodesenvolvimento da Unesc, o protocolo já realizou 459 atendimentos desde sua adoção, incluindo emergências médicas, buscas e resgates. A iniciativa surgiu da necessidade de adaptar o serviço diante do aumento na prevalência de autistas, garantindo um atendimento mais sensível e seguro.
Entre as principais situações atendidas estão convulsões (66 casos), quedas (58) e emergências psiquiátricas (40). O protocolo inclui medidas como desligar sirenes e luzes da viatura ao se aproximar do local, evitando estresse desnecessário aos pacientes. Segundo o tenente-coronel Henrique Piovezan da Silveira, a abordagem não só melhora a qualidade do serviço, mas também oferece mais segurança aos bombeiros durante as intervenções.
Os resultados positivos do primeiro ano destacam a relevância do modelo, que pode servir de referência para outros estados. Além de aprimorar o atendimento em emergências, a iniciativa promove inclusão e acessibilidade, reforçando a importância de adaptações específicas para pessoas com TEA. A expectativa é que a experiência catarinense inspire a expansão de práticas semelhantes em todo o país.