Milhares de manifestantes saíram às ruas de Seul neste sábado (5) para demonstrar apoio ao presidente sul-coreano deposto Yoon Suk Yeol, destituído oficialmente na véspera pelo Tribunal Constitucional. O impeachment foi validado devido à imposição de lei marcial em dezembro, medida que o tribunal considerou uma ameaça à estabilidade do país. Os partidários de Yoon, que enfrentaram a chuva durante o protesto, criticaram a decisão e pediram o cancelamento das eleições antecipadas, marcadas para ocorrer em até 60 dias.
A crise política teve início quando o líder justificou a lei marcial citando supostas ameaças da Coreia do Norte e a presença de “elementos antiestatais” no parlamento. No entanto, a medida foi vista como um excesso de poder, levando à sua queda. Entre os manifestantes, havia jovens e adultos que expressaram preocupação com o futuro do país, alegando que a decisão judicial prejudicaria a democracia sul-coreana.
Enquanto isso, a oposição, liderada por Lee Jae-myung, surge como favorita nas próximas eleições, com uma postura mais aberta ao diálogo com a Coreia do Norte. Analistas apontam que o apoio a Yoon concentrou-se em grupos religiosos extremistas e influenciadores de direita, acusados de espalhar desinformação. O clima de polarização e incerteza política domina o cenário sul-coreano, com temores de que a crise possa aprofundar divisões na sociedade.