Um protesto foi realizado no centro de São Paulo nesta segunda-feira (14) contra a morte do ambulante senegalês Ngange Mbaye, baleado por um policial militar durante uma operação no Brás na última sexta-feira (11). Manifestantes, incluindo o cônsul honorário do Senegal em São Paulo, marcharam da Praça da República até a prefeitura, exigindo justiça e medidas para evitar novos casos. Mbaye, que tentava proteger mercadorias de outro vendedor, foi atingido no abdômen e morreu. Seu corpo será repatriado para o Senegal, onde deixa família.
A comunidade senegalesa e organizações de direitos humanos criticaram a violência policial, destacando que imigrantes negros são frequentemente alvo de abordagens agressivas. O ouvidor das Polícias de São Paulo classificou o episódio como “deplorável” e defendeu o uso de armas não letais. Outros participantes, como o cantor Chico César, lembraram casos anteriores de imigrantes africanos mortos em circunstâncias semelhantes, reforçando a necessidade de investigações rigorosas.
A Polícia Militar informou que o agente envolvido foi afastado e que um inquérito foi aberto. A Secretaria de Segurança Pública afirmou que todos os casos de morte em intervenções policiais são apurados. Enquanto isso, a ministra de Integração Africana do Senegal pediu explicações ao governo brasileiro, e ONGs internacionais condenaram a violência. O protesto ocorreu após outro ato no sábado (12), reprimido com gás lacrimogêneo, aumentando a pressão por respostas concretas.