Em Mato Grosso do Sul, bloqueios em rodovias foram realizados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em resposta à desocupação de 270 famílias de um acampamento às margens da MS-379, em Dourados. A ação, conduzida pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar, ocorreu sem mandado judicial e, segundo o MST, de forma violenta, com uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Os protestos causaram congestionamentos quilométricos, incluindo na BR-163, que foi liberada após horas de bloqueio.
O MST alega que as famílias viviam no local há dois anos e que o despejo foi arbitrário, destruindo barracos e plantações de subsistência. Além disso, o grupo denuncia que a comunidade sofreu incêndios e ataques de pistoleiros em 2024. Paralelamente, manifestantes se reuniram em frente ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Campo Grande, demandando soluções urgentes para o assentamento das famílias afetadas.
Os bloqueios foram os terceiros registrados na semana, com ações anteriores nas rodovias BR-060 e MS-164. O MST reforça a necessidade de diálogo com autoridades para resolver o conflito agrário, enquanto a situação expõe as tensões entre movimentos sociais e o poder público no estado.