O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) solicitou à Corregedoria da Polícia Militar a abertura de uma investigação para apurar a conduta de agentes durante um protesto indígena realizado em frente ao Congresso na quinta-feira (11.abr.2025). O grupo tentou acessar a rampa do Legislativo, mas foi impedido pelo uso de gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral pela polícia. A Polícia Legislativa afirmou que os manifestantes avançaram contra as barreiras instaladas no local, ignorando pedidos para recuarem.
A Polícia Militar do Distrito Federal foi acionada para conter os manifestantes, e o confronto escalou quando indígenas lançaram flechas contra os agentes, que revidaram com tiros de borracha e bombas. O protesto faz parte do Acampamento Terra Livre (ATL), maior mobilização de povos originários do Brasil, que está na capital desde terça-feira (8.abr) para pressionar contra o marco temporal em discussão no STF.
O incidente reacendeu debates sobre o uso de força em manifestações e a proteção do direito à protesto. Enquanto as autoridades alegam que as medidas foram necessárias para garantir a segurança, organizações indígenas e defensores de direitos humanos questionam a proporcionalidade da ação policial. A investigação do MPDFT busca esclarecer os fatos e determinar se houve excessos.