Uma comissão da Câmara dos Deputados, presidida por um aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, discutiu nesta terça-feira (7) um projeto que propõe proibir o uso de armas de fogo pela segurança pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seus ministros. A proposta, apresentada em 2023, argumenta que a medida está alinhada com a visão do governo atual, que não considera as armas benéficas para a sociedade e defende uma cultura de paz. O texto ainda passará por outras comissões antes de seguir para o Senado, a menos que haja recurso para votação em plenário.
O autor do projeto afirma que a proibição é coerente com a política do governo de reduzir a violência e buscar soluções não armadas para questões de segurança. O relator, também do PL, recomendou a aprovação da matéria, que estava pronta para votação, mas foi adiada devido a um pedido de vista de deputados governistas. A proposta cita uma declaração do presidente Lula, que em 2023 chamou de “covardes” aqueles que andam armados.
A iniciativa reflete a oposição do atual governo à política armamentista do mandato anterior, que facilitou o acesso a armas. Desde que assumiu, a administração federal tem adotado medidas para restringir a posse de armas, especialmente para caçadores, colecionadores e atiradores esportivos. O projeto, no entanto, ainda depende de trâmites legislativos antes de eventualmente virar lei.