Professores e servidores públicos municipais de São Paulo realizaram um novo ato em frente à Câmara Municipal nesta terça-feira (29) contra o projeto de lei que prevê reajustes salariais abaixo do exigido pela categoria. A proposta, apresentada pelo prefeito, foi aprovada em primeira votação na semana passada, com 31 votos a favor e 15 contra, e agora aguarda uma segunda análise. Os trabalhadores criticam o aumento escalonado de 2,60% em 2024 e 2,55% em 2025, considerado insuficiente diante da inflação acumulada de 5,65% no período.
O projeto prevê reajustes para servidores ativos e aposentados, além de um aumento de 6,27% para professores iniciantes. No entanto, a categoria exige um reajuste de 44%, a incorporação de abonos complementares concedidos nos últimos anos e a redução da alíquota previdenciária. Durante a discussão, a mudança de local da audiência pública para um espaço menor gerou críticas, limitando a participação do público no debate.
Enquanto o governo municipal defende a proposta como viável financeiramente, os servidores argumentam que os ajustes não repõem as perdas inflacionárias e prejudicam o poder de compra. O impasse continua, com manifestações frequentes em frente à Prefeitura e à Câmara, enquanto a segunda votação do projeto se aproxima.