Um enviado dos Estados Unidos à Ucrânia sugeriu a implementação de um modelo de paz semelhante ao adotado em Berlim após a Segunda Guerra Mundial. A proposta, divulgada em entrevista ao jornal The Times, prevê a divisão do território ucraniano, com tropas ocidentais atuando no oeste e soldados russos no leste, usando o Rio Dnieper como barreira natural. Reino Unido e França já se mostraram dispostos a enviar forças de paz, mas a Rússia rejeita a ideia, enquanto os EUA descartam o envio de tropas e defendem a cessão de territórios ocupados.
O plano também inclui a criação de uma zona desmilitarizada ao longo das linhas de frente atual para separar as forças ocidentais e russas, com monitoramento facilitado, embora admita a possibilidade de violações. Paralelamente, os EUA teriam exigido o controle de um gasoduto ucraniano que transporta gás russo para a Europa, medida criticada por autoridades locais como uma política colonial.
As negociações entre os países envolvidos têm se tornado mais tensas, com os EUA apresentando propostas consideradas maximalistas. Uma das últimas minutas incluía a concessão de US$ 500 bilhões em metais raros extraídos da Ucrânia como pagamento pela ajuda militar americana. A situação revela os desafios complexos e as divergências profundas em busca de uma solução para o conflito.