Os Estados Unidos estão pressionando a Rússia a aceitar que a Ucrânia mantenha seu próprio exército e indústria de defesa como parte de um possível acordo de paz, segundo fontes familiarizadas com as negociações. O plano, que será discutido em encontros diplomáticos, exigiria que Moscou abrisse mão de seu objetivo de desmilitarizar o país vizinho, um dos principais alvos declarados da invasão. Além disso, os EUA buscam a devolução da usina nuclear de Zaporizhzhia, que seria colocada sob supervisão internacional, e a garantia de passagem ucraniana pelo rio Dnieper, assim como a restituição de territórios ocupados na região de Kharkiv.
A proposta americana também inclui o reconhecimento da Crimeia como território russo, embora a comunidade internacional ainda rejeite a anexação de 2014. Enquanto as negociações avançam, os ataques russos continuam, com o maior ataque aéreo do ano ocorrendo recentemente em Kiev, resultando em mortes e interrompendo a agenda do presidente ucraniano. Líderes europeus, como Reino Unido e França, discutem a formação de uma força de segurança pós-guerra, mas os EUA ainda não se comprometeram com apoio militar futuro.
As negociações enfrentam desafios, com críticas sobre possíveis concessões excessivas à Rússia e a resistência ucraniana em ceder territórios. Autoridades americanas alertaram que podem abandonar o diálogo se não houver progresso, enquanto insistem na necessidade de garantias de segurança para assegurar a durabilidade do acordo. O cenário permanece incerto, com ambos os lados mantendo demandas conflitantes e a violência persistindo no terreno.