Um senador sugeriu a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar denúncias de irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Durante pronunciamento, citou um suposto esquema de descontos não autorizados em benefícios previdenciários, que teria desviado cerca de R$ 6 bilhões. A operação, conduzida pela Controladoria-Geral da União e Polícia Federal, já resultou no afastamento do então presidente do órgão, que poderá ser convocado para prestar esclarecimentos.
Além disso, o parlamentar criticou a proposta do governo de ampliar a tarifa social de energia elétrica, argumentando que os R$ 4 bilhões necessários para custear a medida não deveriam ser repassados à população. Em vez disso, propôs que o valor fosse coberto por recursos do fundo eleitoral, fundo partidário e cortes em supersalários dos Três Poderes. A justificativa foi a necessidade de responsabilidade fiscal e equidade no uso de recursos públicos.
O debate reflete tensões sobre como equilibrar políticas sociais e fiscalização de gastos, enquanto investigações sobre corrupção no INSS ganham destaque. A proposta de CPMI pode intensificar o escrutínio sobre o órgão, mas também levanta questões sobre prioridades orçamentárias e a distribuição de ônus financeiros entre governo e sociedade.