O presidente russo propôs aos Estados Unidos um congelamento da linha de frente na Ucrânia, segundo informações publicadas pelo Financial Times. A proposta, feita durante uma reunião com um enviado americano no início do mês, incluiria a interrupção das hostilidades, mas exigiria o reconhecimento da soberania russa sobre a Crimeia e um compromisso de que a Ucrânia não ingressaria na Otan. Em troca, a Rússia abriria mão do controle total sobre as regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia, onde já ocupa territórios significativos.
Washington tem atuado como mediador no conflito, que completa mais de três anos. No entanto, as negociações enfrentam obstáculos, já que Kiev e seus aliados europeus defendem o retorno às fronteiras anteriores a 2014. Essa posição foi considerada pouco realista por autoridades americanas, indicando um impasse nas discussões.
O cenário sugere um possível caminho para a redução das tensões, mas as demandas de ambos os lados ainda parecem distantes. Enquanto a Rússia busca consolidar ganhos territoriais, a Ucrânia e seus parceiros insistem na restauração integral de suas fronteiras. A mediação dos Estados Unidos pode ser crucial para avançar em direção a uma solução, embora os termos finais permaneçam incertos.