O líder do PL na Câmara dos Deputados afirmou que o projeto de lei que prevê anistia a participantes de manifestações deve ser alterado para beneficiar apenas quem cometeu crimes de depredação do patrimônio público no dia 8 de janeiro. O texto atual, mais amplo, abrange manifestações em todo o país entre outubro de 2022 e a data de vigência da lei, caso aprovada. Agora, aguarda-se a escolha do relator, que terá poder para modificar a proposta. O presidente da Câmara será responsável por designar o relator, e há expectativa de que o governo federal tema um alinhamento político favorável à oposição.
A oposição anunciou que entrará em obstrução na Câmara após a decisão de não votar o requerimento de urgência para o projeto na próxima semana. A obstrução pode travar pautas legislativas, mas haverá exceções, como a análise da cassação de um deputado e um pedido para suspender ação penal contra outro. O líder do PL afirmou que o acordo com partidos de centro foi necessário para avançar com a anistia no futuro.
Enquanto isso, o governo demonstra preocupação com o possível alinhamento do relator com interesses da oposição. O líder do PL reiterou que não abrirá mão da votação em regime de urgência, mas uma decisão final será tomada em próxima reunião de líderes. O impasse reflete a tensão política em torno do tema, com disputas sobre o alcance e os critérios da anistia.