O projeto “Cores do Pará – Colorindo as favelas de Belém” está promovendo capacitação educativo-cultural para 700 jovens de comunidades periféricas da capital paraense, como Guamá, Terra Firme, Cabanagem e Icoaraci. Iniciado em 1º de abril e com atividades até 17 de maio, a iniciativa combina artes visuais—como desenho, pintura, muralismo e grafite—com debates sobre temas como cidadania, cultura da paz e combate à violência. O objetivo é sensibilizar e prevenir a violência, problema que afeta especialmente esses bairros, que registraram altos índices de homicídios nos últimos anos.
As oficinas são divididas em dois módulos: um teórico, com fundamentos de artes plásticas e discussões transversais, e outro prático, onde os participantes revitalizam espaços públicos através de mutirões culturais. Segundo o coordenador do projeto, a arte mural e o grafite estimulam criatividade, comunicação e concentração, contribuindo para o desenvolvimento humano dos jovens. A ação é aberta ao público e ocorre em escolas locais, fortalecendo o vínculo com a comunidade.
A iniciativa é viabilizada pelo programa Rouanet nas Favelas, uma parceria entre Vale, Instituto Cultural Vale, Ministério da Cultura e Central Única das Favelas (Cufa). O projeto busca fomentar a produção cultural em áreas vulneráveis, transformando ambientes antes marcados por pichações em espaços de expressão artística. As atividades são gratuitas e ocorrem em horários acessíveis, reforçando o potencial da arte como ferramenta de transformação social.