O Museu Nacional, instituição científica mais antiga do Brasil, vem reconstruindo seu acervo por meio do projeto Recompõe, que recebe doações de instituições e particulares desde 2021. Após o incêndio que destruiu 85% de seu acervo em 2018, a iniciativa já reuniu mais de 14 mil peças, incluindo fósseis, artefatos históricos e objetos culturais. Doadores, como o cantor Nando Reis e o embaixador Alexandre Addor, contribuíram com itens valiosos, destacando a importância da reconstrução e o desejo de participar desse processo histórico.
Entre as peças incorporadas ao acervo estão o manto tupinambá, doado pelo Museu Nacional da Dinamarca, e fósseis da Bacia do Araripe, cedidos por um colecionador internacional. O diretor Alexander Kellner enfatiza que a contextualização dos objetos muitas vezes supera seu valor material, como no caso de Luzia, o fóssil mais antigo das Américas, que está sendo reconstruído com apoio de recursos do BNDES. A primeira etapa da reabertura do museu está prevista para junho de 2025, marcando os 207 anos da instituição.
O projeto também prepara quatro circuitos expositivos, que ocuparão mais de 5 mil metros quadrados, abordando temas como história, ciência e diversidade cultural. A iniciativa demonstra a colaboração entre setores público e privado, além do engajamento da sociedade civil, para restabelecer um patrimônio nacional de valor incalculável. Informações sobre como contribuir estão disponíveis no site oficial do museu.