A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que proíbe o uso de armas de fogo por agentes responsáveis pela proteção do presidente da República e ministros, mesmo durante o exercício de suas funções. A proposta, considerada polêmica e questionada por sua constitucionalidade, foi aprovada por 15 votos a 8 e agora segue para análise de outras duas comissões antes de possível envio ao Senado. O autor do projeto argumentou que a medida está alinhada com a posição contrária ao armamentismo defendida pelo governo atual.
Durante a sessão, o relator do projeto fez declarações extremas, expressando desejar a morte do presidente. As falas, consideradas ofensivas e incitadoras, geraram controvérsia, mas não impediram a aprovação da matéria. O texto ainda passará pelas comissões de Constituição e Justiça e de Relações Exteriores e Defesa Nacional, podendo seguir diretamente para o Senado caso não haja recurso para votação em plenário.
A justificativa apresentada para o projeto baseia-se na ideologia do governo, que, segundo o autor, é contrária à política armamentista. No entanto, críticos apontam inconsistências na proposta, já que autoridades públicas continuam protegidas por seguranças armados enquanto o acesso a armas pela população é restrito. O debate reflete a polarização em torno do tema e deve ganhar novos capítulos à medida que o projeto avança no Legislativo.