Um projeto desenvolvido em Pernambuco está utilizando inteligência artificial generativa para melhorar a comunicação de pessoas não verbais, incluindo aquelas com deficiência ou Transtorno do Espectro Autista (TEA). A tecnologia, chamada JandaIA, será integrada ao aplicativo Livox, que já é usado por 25 mil pessoas em 24 países. O sistema analisa padrões de uso e rotina dos usuários para agilizar respostas, tornando a interação mais próxima de uma conversa falada. A iniciativa recebeu R$ 5,8 milhões em financiamento do FNDCT e deve ser concluída até 2029.
Text: O Livox funciona por meio de cartões ativados por toque, gestos ou movimento ocular, permitindo que usuários formem frases e respondam perguntas. Com a incorporação da JandaIA, o processo se tornará mais rápido e eficiente, reduzindo a “lacuna de reciprocidade” que dificulta a comunicação em tempo real. O objetivo é humanizar as interações, evitando situações como a vivida pelo físico Stephen Hawking, que enfrentava isolamento devido à demora em se comunicar.
Text: O projeto é desenvolvido pela empresa Agora Eu Consigo Tecnologias de Inclusão Social, em parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e a Softex Recife. Uma equipe de 15 pesquisadores trabalha no aprimoramento da ferramenta, que já atende majoritariamente usuários de escolas públicas e instituições de apoio gratuitamente. A expectativa é que a tecnologia não só acelere a comunicação, mas também promova maior inclusão social.