Um requerimento de urgência para o projeto de lei que anistia os condenados pelos atos de 8 de janeiro recebeu 264 assinaturas de deputados, superando a maioria absoluta necessária para tramitação acelerada. Desse total, 146 assinaturas vieram de partidos da base governista, como União Brasil, PP, Republicanos e PSD, enquanto o restante foi apoiado por oposicionistas, principalmente do PL. O texto, protocolado pelo líder do PL, permite que a proposta seja votada diretamente no plenário, sem passar por comissões, caso aprovado.
Apesar da forte adesão, o governo demonstra resistência ao projeto, com relatos de pressão para a retirada de assinaturas. Partidos como o União Brasil e o PP tiveram alta participação, com 67,8% e 35 assinaturas, respectivamente, mesmo abrigando ministros no atual governo. O presidente da Câmara, no entanto, tem evitado pautar a matéria, o que pode retardar sua votação.
O projeto tem sido alvo de debates acalorados, com defensores argumentando pela anistia e críticos alertando para possíveis implicações jurídicas e políticas. A expectativa da oposição é que a proposta seja votada ainda neste mês, mas a decisão final depende da agenda do Congresso. Enquanto isso, a mobilização em torno do tema reflete as divisões e tensões no cenário político atual.